Semana Santa

Após cinco semanas preparando os corações dos fiéis pela oração, penitência e caridade, com a celebração da entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, no Domingo Ramos a Igreja inicia a Semana Santa.

Qual a razão de celebrar um momento tão “infeliz” da vida de Jesus? Por que não se fala somente dos milagres que Ele fez ou de suas pregações?

Per crucem ade lucem! Pela Cruz se chega à Luz! O Divino Mestre abraçou sua Cruz e nela padeceu para a redenção do gênero humano, ora, é necessário e mesmo um dever de justiça, recordarmos estes momentos de dor que alcançaram a nossa salvação. “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15-13).

A Semana Santa passou a ser celebrada pela Igreja em 325, com o Concílio de Nicéia. O Papa são Silvestre, fixou a festa da Páscoa no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera (no hemisfério norte). Definiu-se que se começaria com a celebração do Domingo de Ramos, e se encerraria no Domingo da Ressurreição, iniciando nesse mesmo dia o período pascal.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica cada fiel deve confessar-se ao menos uma vez por ano. Essa semana é uma ocasião propícia para uma boa e detalhada confissão. Por isso as paróquias organizam os mutirões de confissão para que todo católico possa desfrutar deste sacramento salutar.

Domingo de Ramos

O ramo é símbolo do louvor, da realeza. O povo ao ver Jesus entrando em Jerusalém o aclama saldando com Hosanas movimentando seus ramos.

Quando Jesus entrou em Jerusalém, a cidade inteira ficou alvoroçada, e diziam: “Quem é este?” E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”. (Mt 21-10,11)

Quarta-feira Santa

É o quarto dia da Semana Santa. Na Quarta-feira Santa encerra-se o período quaresmal. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Também se celebra o Ofício de Trevas, rememorando as trevas em que o mundo se encontrava devido à proximidade da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quinta-feira Santa

Pela manhã é celebrada pelo bispo a Missa do Crisma. É realizada a benção do óleo dos enfermos e do óleo dos catecúmenos e a consagração do crisma. Esta Missa é concelebrada por todo o clero da diocese para expressar a comunhão dos presbíteros com seu bispo. Todos os sacerdotes, neste dia, renovam as promessas feitas no dia da ordenação.

Na hora mais oportuna da tarde é celebrada a Missa da Ceia do Senhor que marca o início do Tríduo Pascal. Em muitas igrejas, após a homilia, é realizada a cerimônia do lava-pés, em memória do momento em que Jesus lavou os pés dos discípulos. Ao final da Missa se faz a transladação do Santíssimo Sacramento ao local da reposição, onde se segue a adoração eucarística.

Sexta-feira Santa

Nesse dia se rememora a morte de Nosso Santíssimo Salvador que derramou todo o Seu Sangue para remissão dos nossos pecados. Nas igrejas do mundo inteiro, nesse dia, não se celebra a Santa Missa e a comunhão é dada aos fiéis na celebração da Paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e comunhão eucarística. A cerimônia é realizada às 15h00.

Sábado Santo

No Sábado Santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, e abstendo-se (desnudado o altar) do sacrifício da Missa até que, após a solene Vigília em que espera a Ressurreição, se entregue às alegrias da Páscoa, que transbordarão por cinquenta dias.

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor

Segundo antiquíssima tradição, esta noite é “uma vigília em honra do Senhor” (Ex 12, 42). Assim os fiéis, segundo a advertência do Evangelho (Lc 12, 35ss), tendo nas mãos lâmpadas acesas, sejam como os que esperam o Senhor, para que ao voltar os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa.

Com a Vigília Pascal inicia-se, para a Igreja, o dia mais importante do ano. A partir desse dia retornam as alegrias litúrgicas, canta-se o Aleluia, os sacerdotes se revestem de paramentos brancos ou dourados, usa-se novamente os instrumentos musicais, as flores voltam a adornar o altar. São Paulo Apóstolo afirma: “se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados” ( 1Cor. 15-17). Portanto, os cristãos devem celebrar com o maior júbilo possível este dia que se prolongará por toda a oitava da Páscoa.

 

Fontes:

Missal Romano

Catecismo da Igreja Católica