A Guarda Suíça

A Guarda Suíça Pontifícia foi fundada pelo Papa Júlio II em 1506 como um corpo estável, que dependia diretamente da Santa Sé e cuja missão principal era defender o Vigário de Cristo.

É chamada de Guarda Suíça, pois todos os seus membros devem obrigatoriamente ser suíços e ter servido no exército de sua nação se destacando pela obediência e boa reputação.

Deixando seu país fazem o juramento de fidelidade de defender o “doce Cristo na Terra” mesmo que para isto seja necessário sacrificar sua própria vida. O dia da cerimônia de admissão dos novos guardas suíços é sempre no dia 6 de maio. Essa data foi escolhida porque, nesse dia, no ano de 1527, 147 membros da Guarda Suíça deram sua vida em combate defendendo o Papa Clemente VII durante o chamado “Saque de Roma” por ocasião do assalto das tropas do imperador Carlos V. Os últimos Guardas morreram lutando nas escadarias do Altar da Confissão.

Na cerimônia de admissão, realizada no Pátio de São Dâmaso no Palácio Apostólico, o juramento de fidelidade é lido pelo capelão da Guarda Suíça. Tem o seguinte texto: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra ao Supremo Pontífice e a seus legítimos sucessores e dedicar-me a eles com todas minhas forças, sacrificando inclusive, se necessário, minha própria vida para defendê-los. Assumo o mesmo compromisso com o Sacro Colégio Cardinalício no caso de que a Sé esteja vacante. Prometo ademais respeito, fidelidade e obediência ao capitão comandante e a meus superiores. Eu o juro! Que Deus e nossos Santos Padroeiros me ajudem!”.

Em seguida, os novos recrutas – chamados um a um por seu nome – avançam, põem a mão esquerda sobre a bandeira da Guarda, levantam a mão direita com os dedos polegar, indicador e médio estendidos, simbolizando a Santíssima Trindade, e proclamam a confirmação de seu juramento:

“Eu, alabardeiro (nome) juro observar fielmente, lealmente e com honra, tudo que acaba de me ser lido. Que Deus e Seus Santos me ajudem!”

Seus uniformes, excepcionalmente conhecidos, foram desenhados por Michelangelo, permanecendo inalterados até os dias atuais.

Um corpo de guarda com deveres de tal importância necessita de poderosos defensores, por isso os Santos Padroeiros da Guarda Suíça Pontifícia são: São Martim, São Sebastião e São Nicolau de Flue, “defensor da paz e pai da Suíça”.