Nunca se ouviu dizer que alguém tenha sido por Ela desamparado

Amigo,

Posso tomar alguns poucos minutos do seu precioso tempo para compartilhar com você algo que, dependendo do seu caso, talvez venha realmente a valer cada segundo dispendido?

Não o conheço, não sei onde você mora, o que você faz, qual é a sua situação, mas quero crer que você resida no mesmo “vale de lágrimas” que eu. Que, mesmo tendo saúde, uma boa situação financeira, uma família adorável, vez que outra a tribulação bateu à sua porta. Ou, coisa rara, se nunca bateu, apesar do seu espírito forte, em algum momento um gélido sentimento de impotência, de inutilidade e de vazio veio lhe visitar na calada de uma noite escura em um quarto apagado onde o sono sabe-se lá porque demorava a chegar, trazendo consigo uma angústia indizível.

Mas pode ser também que a sua cerviz se encontre vergada sob o peso de problemas mil, quem sabe uma doença incurável insista em arrastar inexoravelmente um ente querido para as sendas da morte, o emprego lhe falte, a família se encontre desfeita, o seu filho mais velho tenha saído de casa na flor da idade para “viver a vida” com amigos de comportamentos duvidosos, a sua honra foi atacada, o desprezo lhe cerca, faltam amigos verdadeiros em quem confiar. Ou, queira Deus, apesar de nada disto acontecer, você simplesmente se encontra abatido, sem forças para seguir adiante.

Seja como for, como você estiver ou se sentir, mesmo que, ao contrário, nenhuma nuvem paire sobre a sua cabeça e você só tenha a agradecer, e mesmo, ainda, que não tenha qualquer sentimento religioso, gaste alguns minutos e faça uma rápida peregrinação virtual diante das imagens que ora lhe apresento. Detenha-se momentaneamente a contemplar esse olhar, essa bondade, essa dadivosidade, esse bem-querer indizível, essa vontade imensa de ajudar, sempre pronta a oferecer ao Seu Divino Filho numa bandeja de ouro a reles maçã que representa a sua oração, ainda que podre, no dizer de São Luis Maria Grignion de Montfort. Ela, que não hesitou um segundo em consentir na Sua Paixão e Morte para nos salvar. Se a graça lhe inspirar, reze ao menos uma Ave Maria.

E depois destes breves instantes me diga com sinceridade se você não se sentiu confortado, se ao menos uma semente de esperança não foi plantada na sua alma, se não é verdade que “nunca se ouviu dizer que alguém que tenha recorrido à Sua proteção fosse por Ela desamparado”.

Diga-me, também, se é possível que a devoção a uma Mãe assim tão terna e carinhosa, por mais exagerada que seja na sua aparência, possa constituir algum obstáculo a que seja verdadeira e inteiramente conhecido a Nosso Senhor Jesus Cristo, Seu Divino Filho, como pretendem alguns espíritos fortes deste mundo.

Boa peregrinação!

 

Que Ela o ajude hoje, sempre e cada vez Mais!

Ah, se tiver tempo, não se esqueça de pedir também por este pobre pecador.

Por Marco Antônio Machado
Advogado no Rio de Janeiro