Glória a Deus nas alturas

No momento do nascimento do Salvador os anjos entoaram um cântico sublime sobre a gruta de Belém: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados” (Lc 2, 14).

Posteriormente a Igreja adotou este cântico na liturgia da Santa Missa. “Inserido no início da Celebração eucarística, o Glória ressalta a continuidade existente entre o nascimento e a morte de Cristo, entre o Natal e a Páscoa, aspectos inseparáveis do único e mesmo mistério de salvação” (Audiência Geral do Papa Bento XVI, 27 de Dezembro de 2006).

O hino do Glória é de tal maneira importante que constitui por si mesmo um rito ou ato independente na Celebração Eucarística (Cf. Instrução Geral do Missal Romano 37).

“O Glória, é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si. É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes” (IGMR 53).

Por tratar-se de um “hino antiquíssimo e venerável” não se trata de um canto qualquer. Por fazer parte da Tradição Litúrgica da Igreja “não pode ser substituído por outro” em hipótese alguma.