A importância da obediência

     No Natal de 458 na Catedral de Reims na França foi batizado Clóvis, o rei dos Francos juntamente com seu povo. De tal modo tocado pela graça divina e encantado com tudo o que via, exclamou Clóvis ao Bispo São Remígio: “Pai, já é o Céu?”

     Hoje os participantes do Curso de Férias dos Arautos do Evangelho podem fazer suas as palavras de Clóvis: “Já é o Céu”. Pois viveram hoje um dia celestial.

     Para abordar o terceiro voto da vida religiosa, a obediência, foi encenada uma belíssima peça teatral retratando a criação dos anjos como é apresentada no primeiro capítulo do Gênesis: “No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: ‘Faça-se a luz!’ E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas” (Gn 1, 1-4). São Tomás de Aquino vê nesta passagem da separação entre a luz e as trevas a criação e prova dos anjos, ocasião em que Lúcifer revoltou-se contra Deus sendo expulso do Céu pelo arcanjo Miguel e seus anjos (cf. Ap. 12,7).

     A queda dos anjos foi um ato de desobediência à vontade de Deus que serve de matriz para a toda a desobediência posterior e o mesmo se dá em relação ao brado de São Miguel: Quem com Deus! Este brado é a matriz de toda a obediência para todas as gerações. Foi citada a frase de um santo que afirmava a um discípulo: Meu filho ame a obediência e eu lhe garanto o céu.

     Foram apresentados, de forma muito viva, os vícios capitais e o cuidado que se deve ter para não se deixar seduzir por eles, pois toda concessão ao erro é um ato de desobediência à vontade divina.

     Todos saíram compenetrados de quanto devem ser obedientes aos pais, professores e a toda autoridade que lhes aponte o caminho do bem.