Uma bela metáfora


Depois de um dia de calorosos debates, eis que um novo oásis brota no panorama de todos os que estão participando do Curso de Férias Internacional dos Arautos do Evangelho.
Trata-se de uma bela estória de cunho catequético inventada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para explicar como é a prova que o homem deve passar aqui na Terra. Nessa metáfora – que foi muito bem encenada durante o curso no dia de hoje – um rei sofre a adversidade de perder sua esposa e seu filho em uma doença que os acometera. Como o monarca é muito católico e, portanto, de uma retidão ímpar, vai o quanto antes se aconselhar com certo cardeal, pois, julgara que sua situação fora promovida pelos desígnios da Providência que, em seu pensamento, quer que este abdique do trono.
Entretanto, pela manhã, enquanto assistia à Santa Missa ouvira em um salmo algo que lhe deixava perplexo, pois a letra da oração milenar dava a entender de que Deus garantiria sua geração.
Desse modo, o soberano caminha para a residência do purpurado, e, na aldeia em que o rei e sua comitiva passariam, uma grande recepção estava preparada. O povinho miúdo se acotovelava para ver o monarca que, com muito agrado conversava com um, olhava para outro, dizia coisas amáveis para todos e, em suma, manifestava sua paternalidade ao povo.
Porém, em certo momento, um brado de aclamação é dado por um jovem que tinha grande veneração pelo rei. Essa voz lhe fez lembrar de seu filho que perdera a alguns anos e toda a saudade lhe volta ao coração e enche seus olhos de lágrimas. E, de um passo, o rei pergunta de quem era a voz que ouvira. Todos se entreolham e logo se fez notar que o timbre que tanto agradara o monarca era de um dos cinco filhos do carpinteiro da aldeia. Menino belo e inocente, não queria outra coisa senão um olhar do soberano.
Para encurtar o relato, fazemos notar que o rei, tomado de uma inspiração, pergunta ao menino sua idade. “Quatorze anos senhor meu rei”, foi a resposta do imberbe camponês. O rei para e diz: “Era a idade que meu filho teria se estivesse vivo”…
Assim, o rei tem uma enorme feição pelo jovem de coração puro e admirativo. Com voz régia e sonora pede ao menino que compareça ao seu palácio acompanhado de seu pai no dia seguinte. Para resumir, com a permissão do pai, o rei convida-o para ser seu filho e herdeiro do trono! O carpinteiro com grande enlevo atende ao pedido do Rei.
Depois de algum tempo, o pequeno Miguel – este era o nome do personagem – tornara-se “príncipe Miguel”. Aprende os costumes da corte, o manuseio das armas de guerra, as ciências matemáticas e naturais, as letras e, muito mais que isso; uma educação religiosa ainda mais substanciosa do que a que tinha recebido até então.
Contudo, o monarca depois de dois anos estava apreensivo com o futuro de seu novo filho. Apesar de confiar em suas qualidades, restava ainda saber se o novo príncipe possuía um amor verdadeiro pelo rei. Decidiu então por a prova este mais novo membro da casa real. Pediu-lhe que estudasse sobre o motivo das quedas dos maiores reis destronados em uma enciclopédia sobre o assunto, e, depois dizer o porquê dele querer ser um continuador da dinastia real.
O Príncipe assim o fez, e findado o prazo deu uma resposta insatisfatória ao monarca. Este ficou decepcionado com o acontecido e começou a promover uma campanha tácita de desprezo ao filho, no intuito de provar a pureza de intenção do futuro rei. Neste ponto, o jovem se portou excelentemente bem, sem, entretanto, resolver os almejos que o soberano levava em seu coração.
Como último teste, o Rei aproveitou-se de uma batalha que se daria dali alguns dias, para comprovar o valor de seu filho. O que haverá de suceder? Será que o Príncipe Miguel estará a altura das expectativas de seu pai, o rei? Terá ele pulso firme e coração benévolo para poder reger o reino? Essas são perguntas que só amanhã poderemos responder, pois o teatro encerrou-se nesta altura dos acontecimentos, convidando a todos para ver a resolução do caso no dia seguinte…
Quem viver, verá!