Deus de amor, Pai de ternura

 

               Ao ler o título, bem se poderia dizer: “que tema atraente”, e de fato, Deus não quer outra coisa senão atrair-nos a Ele! Ele vem ao nosso encontro para nos aproximar cada vez mais d’Ele. Ele nos apaixona, Ele nos entusiasma, Ele nos torna capazes de admirá-Lo e amá-Lo, porque, acima de tudo e de todos, sabe que essa admiração nos une e esse amor nos transforma!

No entanto, prestemos atenção ao que nos ensina o grande Santo Agostinho: “Nihil amatur quod non cognoscitur[1] (De Trinitate, X, 1). Daí a necessidade de buscarmos sempre mais conhecer a nosso Deus, nosso Criador e nosso Pai! Sim, somos filhos de Deus. Foi o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos ensinou: “Pai nosso que estais no céu…” (Mt 6,9). Ora, Deus não nos ensinaria a chama-Lo de Pai se não fossemos de fato seus filhos!

Alguém poderia se perguntar: “Mas será que Deus tem mesmo esse carinho de Pai por todos os homens? Mesmo por aqueles que muitas vezes não se comportam como filhos? Mesmo por aqueles que O afrontam? Mesmo por aqueles que não O procuram? Mesmo por aqueles que fogem d’Ele?” E nossa resposta a essa indagação deve ser um decidido: SIM! Pois, assim, como uma mãe se desvela muito mais pelo filho enfermo, pelo filho fraco, pelo filho débil do que por aquele que goza de saúde plena, assim Deus o faz pelos filhos extraviados que andam pelos caminhos mentirosos, tortos e errados, pelas vias escuras e sombrias, cercados de perigos.

Ele mesmo nos ensinou que há mais alegria nos céus por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que perseveram. (cf. Lc 15,10)

Nosso Senhor Jesus Cristo disse, nas revelações a Soror Josefa Menéndez: “Creiam na minha misericórdia; esperem tudo da minha bondade e não duvidem do meu perdão. Sou Deus, mas Deus de amor! Sou Pai, mas Pai que ama com ternura e não com severidade” (Apelo ao amor, p.32).

Resta-nos somente dizer: Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao Vosso!


[1] Ninguém ama aquilo que não conhece.