As Maravilhas do Mundo Antigo – Colosso de Rodes
O homem, quando agredido por algo, naturalmente tende a se defender, pois nele age o instinto de conservação.
Defender… palavra que pode ser interpretada sob vários aspectos. Vamos nos deter a analisá-la em uma situação de guerra. Quando uma nação ou um povo se sente atacado, pode realizar prodígios em matéria de defesa para se proteger do adversário.
Foi o que aconteceu com os gregos, por exemplo, quando foram ameaçados pelos macedônios no século IV a.C. Saíram-se bem em sua defesa e para comemorar dita façanha, erigiram uma estátua ao que eles criam ser o deus sol: o Colosso de Rodes.
Esta estátua gigantesca foi uma obra de autoria do escultor Cares de Lindos. Assentado na entrada do porto da ilha de Rodes, o colosso representava o suposto deus Hélios (o Sol). Ordenou-se a sua construção para comemorar a retirada das tropas do rei macedônio Demétrio Poliocertes que promovera terrível cerco à ilha (305-304 a.C.).
Com mais de 30 metros de altura, era constituída de bronze reforçado com ferro e lastreado com pedras. Conta-se que uma parte deste material foi feito com as armas que os macedônios haviam abandonado em Rodes. O colosso, cuja execução durou 12 anos (de 292 a.C. 280 a.C.), ficou de pé por apenas 55 anos.
Em 225 a.C., ruiu durante um terremoto. O colosso permaneceu caído – e esquecido – até o ano 653 da era cristã, quando os árabes conquistaram a ilha de Rodes. Como aquele colosso de nada lhes servia, partiram-no em vários pedaços que foram vendidos como sucata. Há registros de que foram necessários 900 camelos para o transporte do bronze do colosso.
Que lição podemos tirar disso? Devemos criar defesas em nossa alma, para nos proteger do inimigo do homem: o demônio. Pois ele quer adentrar em nossa alma nos incitando para o mal, como um leão devorador (cf. 1 Pd 5, 8). Que Maria Santíssima nos auxilie e seja o nosso amparo, o nosso escudo e a nossa “colossal defesa” na luta contra o pai das trevas.
Vitoriosos, erijamos não uma estátua de metal, mas sim um coração cheio de amor e gratidão àquela que nos dá certeza da vitória.
Afinal, a última maravilha do mundo antigo à vista…
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