Cada dia, o que Deus quiser! 

Nosso Senhor nos manda tomar a cruz de cada dia para segui-lo: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9, 23). Preste bem atenção: “cada dia a sua cruz”. Daí tiramos o segredo de suportar o sofrimento com paciência, não se inquietando nem com o passado, nem com o presente, e muito menos com o futuro.

Um sofrimento, um revés, uma doença inesperada, enfim, qualquer coisa deve ser aceita com resignação e espírito de cruz. A natureza muitas vezes se revolta e se impacienta numa agitação estéril e que só agrava a nossa situação. Nessa hora ouçamos a doce voz do Salvador: “A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 34).

A cruz se torna mais leve e fácil de carregar quando aceita com amor. Esta é a via de santificação para todos: pela cruz chegaremos à luz. Quando vamos de encontro à cruz a encontramos com Jesus, mas quando dela fugimos ela vem ao nosso encontro, mas, desta vez sem Jesus.

Alguém dirá: “Mas isto é impossível! Não se pode suportar tamanha dor!”

É verdade, no entanto, o que para o homem é impossível não o é para Deus. Se Jesus nos manda carregar a cruz de cada dia é por que ele fará conosco o papel de Simão Cirineu junto a ele, ajudando-nos a suportar com resignação o peso dos sofrimentos.

A graça completa o que a natureza débil não consegue dar. Portanto, busquemos a graça nas orações e sacramentos, em especial na eucaristia e, com amor, carreguemos a nossa cruz de cada dia.