Stabat Mater

Todos os homens procuram continuamente a felicidade independente de sua condição social, raça ou credo. A grande maioria afirma que para atingir este objetivo é necessário fugir de todo e qualquer sofrimento, pois este é o oposto da felicidade. No entanto, Jesus Cristo Nosso Senhor, nos ensina exatamente o contrário, nos exortando a ir ao encontro do sofrimento como Ele o fez. Este exemplo também nos dá Maria Santíssima, a corredentora do gênero humano, por ter passado grandes provas e, sobretudo, ter participado das dores de seu Filho em sua Paixão. Em honra às dores que a Mãe de Deus sofreu, a Santa Igreja instituiu uma festa à Mãe Dolorosa no dia 15 de Setembro, dia que segue a festa da Exaltação da Santa Cruz.

Santa Isabel da Hungria relata ter sido beneficiada por uma aparição de São João Evangelista o qual disse que poucos dias após a assunção de Maria aos céus ele teve uma visão da chegada de Nossa Senhora ao Paraíso Celeste. Viu ainda a conversa que Ela teve com seu Filho sobre os sofrimentos que ambos padeceram Calvário. Ela fez um pedido a seu Filho: que todos aqueles que lembrassem e se compadecessem das lágrimas e dores d’Ela ganhassem muitas graças, e, sobretudo a salvação eterna.

A devoção a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no século IV com alguns grandes Doutores da Igreja como Santo Ambrósio e Santo Agostinho, mais à frente por Santo Anselmo e por São Bernardo de Claraval e, posteriormente pelos frades Servitas. Neste crescimento de devoção à Virgem das Dores surgiram vários monumentos artísticos entre os quais as primeiras imagens de Nossa Senhora da Soledade, da Piedade, além de livros e cânticos. Um dos hinos foi o famoso Stabat Mater composto em 1300.

Inicialmente a festa de Nossa Senhora das Dores era chamada de “Festa das Sete Dores de Maria”, que memorizavam os sete principais sofrimentos de Nossa Senhora: 1. Quando Simeão disse a Maria “Uma espada transpassará sua alma”(Lc 2, 35); 2. A fuga para o Egito; 3. A perda do menino Jesus no Templo; 4. A ida para o Calvário; 5. A crucifixão de Nosso Senhor; 6. A descida da cruz; 7. O sepultamento.

Peçamos a Nossa Senhora as graças para bem aproveitarmos essa data, oferecendo nossos pensamentos, operações e ações em desagravo às ofensas cometidas contra o Sagrado Coração de Jesus transpassado pela lança, de maneira a dar um lenitivo retroativo à Paixão de Nosso Salvador.