4ª Reunião para a consagração solene a Nossa Senhora

Matriz Nossa Senhora da Piedade – Cordeiro – RJ

Após duas semanas de meditação para nos desapegarmos do espírito do mundo, São Luis nos aconselha a dedicar uma semana para o conhecimento de si mesmo.

Assim como o cego de Jericó pediu a Jesus para enxergar, também nós pedimos a Ele para ver a realidade a respeito de nós mesmos.

O homem sempre tem vontade de não ver os seus defeitos; ele deve desconfiar de si e lutar, a começar por este defeito: o defeito de não ver os seus defeitos.

Para nos aproximar mais de Deus os santos recomendam o conhecimento de si, eis o que nos dizem:

1) O conhecimento de si é o primeiro passo que a alma deve dar para chegar ao conhecimento de Deus (São João da Cruz, Cântico espiritual, 4, 1).

2) Conhece-te, pois, alma formosa, já que és imagem de Deus. Conhece-te, pois, homem, já que és glória de Deus (Santo Ambrósio. Hexameron, V111, 50).

3) “Pois eu reconheço minha culpa e tenho presente meu pecado” . O que assim reza não se ocupa com os pecados alheios, pelo contrário se examina a si mesmo, e não de maneira superficial, às apalpadelas, mas aprofundando em seu interior. Não perdoa a si mesmo, e precisamente por isso pode atrever-se a pedir perdão (Santo Agostinho, Sermão 19).

4) Por não se conhecerem retamente, os maus não amam a si mesmos de verdade, mas amam aquilo que acham que são… (São Tomás, Suma Teológica, 2‑2, q. 25, a. 7).

5) Não quisera que ignorásseis, meus irmãos, de que modo se chega, ou melhor dizendo, se cai nestes caminhos.

O primeiro degrau é a dissimulação da própria fraqueza, da própria maldade e do próprio fracasso, quando, perdoando-se o homem a si mesmo e autoconsolando-se, se engana.

O segundo degrau é a ignorância de si […] Disto se segue que, ainda que outro as descubra, defende com obstinação que não são defeitos, deixando que seu coração se abandone a palavras enganosas para buscar desculpas a seus pecados (São Bernardo, Sermão sobre o Salmo 90).

6) Examina-te a ti mesmo para conheceres quem és; fazes o possível para conhecer-te (São Basílio, Homilia 3).

Conhecer-se a si mesmo com humildade, é como um odor de agradável incenso para Nossa Senhora que se eleva ao Céu (São Luis Maria G. de Monfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem nº 228).

(veja mais em: https://novafriburgo.arautos.org/consagracao/)