As abelhas estão desaparecendo
Em recente artigo publicado na revista Veja, a articulista Juliana Santos faz um alerta: As abelhas estão desaparecendo. E isso é preocupante.
O que dizer? Nem mesmo as abelhas, já mencionadas no primeiro capítulo do Deuteronômio, estão fora de perigo! Seguem alguns trechos da notícia:
“Dois terços dos alimentos que nós ingerimos são cultivados com a ajuda das abelhas. Na busca de pólen, sua refeição, esses insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Em tempos em que a escassez mundial de comida é pauta das autoridades no assunto – como a recomendação da ONU para consumir mais insetos – a perspectiva de ficar sem a ajuda desses seres no abastecimento alimentar seria alarmante. E é o que está acontecendo.
“Em 2006, apicultores nos Estados Unidos começaram a notar que suas colônias de abelhas estavam desaparecendo. Cientistas investigaram e comprovaram o fenômeno, que foi batizado de colony collapse disorder (síndrome do colapso da colônia, CCD). Sete anos depois, o sumiço continua: no inverno de 2012 para 2013, dado mais recente, 31% das abelhas americanas deixaram de existir. […]
“A causa do sumiço é um mistério que intriga os pesquisadores, a começar pelo fato de os corpos dos insetos não serem encontrados nas colmeias ou arredores. Os animais desaparecem sem deixar rastros, e os especialistas acreditam que o motivo seja uma espécie de curto-circuito no sistema de localização das abelhas, fazendo com que elas se percam. A diversidade de espécies e as peculiaridades de cada país dificultam a investigação sobre o extermínio.
“Entre os principais motivos apontados está o uso de pesticidas, especialmente os neonicotinoides, uma das classes mais utilizadas por agricultores. Além dos pesticidas, vírus, fungos, bactérias e outros parasitas são apontados como vilões. O principal é o ácaro Varroa destructor, que se agarra às abelhas, suga sua hemolinfa (o “sangue” dos insetos) e pode transmitir vírus aos animais.
“A monocultura e o manejo inadequado das colmeias por parte dos criadores também atrapalham os insetos. Uma área de plantação extensa com apenas um tipo de planta, como a soja ou o girassol, faz com que as abelhas colocadas para trabalhar naquela região se alimentem de um tipo de pólen exclusivamente. A restrição causa má-nutrição, uma vez o pólen de cada planta possui uma composição diferente de proteína. ‘A abelha evoluiu com as plantas que se reproduzem por meio de flores, uma dependendo da outra, enquanto a monocultura é mais recente’, explica Sattler.
“Além disso, suspeita-se que a poluição do ar e até mesmo sinais de torres de celular poderiam influenciar o sistema de orientação desses insetos. Essas teorias ainda não foram comprovadas”.
Diante de tantas hipóteses para desvendar o misterioso desaparecimento das abelhas, uma coisa é certa: o ser humano vai cada vez mais se afastando de Deus e se deixando levar pelos vícios capitais, dos quais nasce o egoísmo. Não ama mais a Deus acima de todas as coisas, mas a si acima do próprio Deus. Desse amor desordenado brota a “soberba da vida [que] não procede do Pai, mas do mundo”, de que nos fala São João (1Jo 2,16).
A soberba faz com que o homem se preocupe somente com sua própria excelência e tudo o que possa enaltecê-la. Não percebe que agindo deste modo insensato vai ele destruindo a si e a obra da Criação que Deus colocou aos seus cuidados. O domínio dado pelo Criador ao homem sobre os seres vivos e inanimados exige um respeito religioso pela integridade da criação. É preciso promover uma “aliança entre o homem e a terra” como ensina o Papa emérito Bento XVI, procurando ensinar o homem a respeitar a Natureza criada por Deus para seu benefício e não destruí-la, tendo como consequência a sua própria destruição.
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