Corpus Christi (11)

Em 1264, enquanto o Papa Urbano VIII residia em Orvieto, produziu-se não longe dali, na cidade de Bolsena, retumbante milagre: um sacerdote tentado por dúvidas sobre a presença real de Nosso Senhor na Eucaristia celebrava Missa, quando, no momento da Consagração, brotou sangue da Hóstia, molhando os corporais e a pedra do altar. O Santo Padre fez trazer os corporais a Orvieto, e decidiu estender à toda Igreja a Festa de Corpus Christi, em honra do Corpo de Nosso Senhor na Eucaristia. Foi por essa ocasião que Santo Tomás de Aquino compôs o hino Pange Lingua e a sequência Lauda Sion.

Em Nova Friburgo, esta celebração teve início há cerca de 100 anos, com os padres jesuítas do Colégio Anchieta, que seguindo uma tradição da ordem de Santo Inácio, passaram a confeccionar tapetes no campo de futebol do educandário. Em 1969, o então bispo diocesano, D. Clemente Isnard, iniciou uma procissão do Colégio Anchieta até a Catedral. Já em 1974, a Missa foi transferida para a Paróquia São Bento Abade, seguida da procissão até a Catedral. Este trajeto mantem-se até hoje, marcado pela confecção dos tapetes pelas comunidades, colégios católicos, movimentos, associações e instituições civis e militares.

Na solenidade de Corpus Christi de 2016 o ramo masculino dos Arautos do Evangelho de Nova Friburgo teve a oportunidade de homenagear a Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento, confeccionando um dos tapetes. O tema desse ano foi o medalhão que os Arautos levam em seu hábito, resumo de seu carisma: a devoção à Eucaristia, à Maria e ao Papa.

 

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