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O gesto de Jesus ao partir o pão na Santa Ceia é recordado na Missa no momento em que o celebrante parte o Pão Eucarístico sobre a patena. Em seguida o sacerdote retira um fragmento da parte inferior da porção esquerda da hóstia consagrada e o introduz, com veneração, no cálice que contém o vinho consagrado, rezando em silêncio: “Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna”. A este gesto se dá o nome de inmixtión ou conmixtión que se traduz por misturar uma coisa com a outra.

O sacerdote realiza a conmixtión para significar “a unidade do corpo e sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus” (Instrução Geral do Missal Romano, 83).

O fragmento introduzido no cálice leva o nome de fermentum que recorda uma antiga tradição: “Em Roma, onde os sacerdotes que viviam sozinhos na periferia não celebravam junto com o bispo, mas, ao menos nos domingos, ofereciam o Sacrifício da Missa nas igrejas titulares, se perpetuou o costume de que o bispo, que celebrava antes dos demais, fazia transportar às igrejas titulares por meio de acólitos, partículas consagradas, que o sacerdote ao celebrar a Missa colocava no cálice. […] O papa Inocêncio I (401-417) explica assim esta prática: ‘para que eles (os sacerdotes) neste dia indicado não se sintam separados da nossa comunhão’” (HERTLING, Ludwig. Historia de la Iglesia. 10.ed. Barcelona: Editorial Herder. 1989, p. 35).