Lembrai-Vos e tende presente, ó dulcíssima Virgem, que sois minha Mãe e sou vosso filho; que sois poderosa e eu sou um pobre homem, fraco e miserável.
Suplico-Vos, Mãe dulcíssima, que me governeis e defendais em todos os meus caminhos, em todas as minhas atividades.
Não me digais, graciosa Virgem, que não o podeis, pois vosso bem-amado Filho Vos deu todo poder no Céu e na terra. Não me digais que não o deveis, pois sois a Mãe comum de todos os pobres humanos, especialmente a minha.
Se não pudésseis, eu Vos desculparia, dizendo: “É verdade que Ela é minha Mãe e me ama como filho seu, mas, pobrezinha, faltam-Lhe recursos e poder”. Se não fosseis minha Mãe, eu me resignaria, dizendo: “Ela é bastante rica para me ajudar, mas, infelizmente, não sendo minha Mãe, não me ama”.
Entretanto, ó Virgem dulcíssima, sendo Vós minha Mãe e sendo poderosa, como posso Vos desculpar se não vindes me reconfortar e não me prestais socorro e assistência?
Vedes assim, minha Mãe, que deveis atender a todos os meus pedidos.
Para honra e glória de vosso Divino Filho, tomai-me como filho vosso, sem levar em conta minhas misérias e meus pecados. Livrai de todo e qualquer mal minha alma e meu corpo, e dai-me todas as vossas virtudes, sobretudo a humildade.
Concedei-me, enfim, todos os dons, bens e graças que agradam à Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
São Francisco de Sales
Revista Arautos do Evangelho nº 193, Janeiro/2018, p. 52.
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