Mais tarde, a imaculada Menina ficou sabendo da promessa de seus pais, Joaquim e Ana. Haviam prometido a Deus, e até com voto, como referem vários autores, que, se lhes concedesse prole, a consagrariam a seu serviço no Templo. Conforme velho costume internavam os judeus suas filhas em cômodos que havia à roda do templo, para ali serem bem-educadas. Assim no-lo referem Barônio, Nicéforo, Cedreno, Suárez, que se estribam na autoridade do historiador Flávio Josefo, de São João Damasceno, de Jorge de Nicomédia, de Ambrósio e de Anselmo. […]
Desde o começo de sua vida já Se tinha a Virgem consagrado inteiramente a Deus. Mas, ao saber da promessa de seus pais, quis Se oferecer solenemente e consagrar-Se ao Senhor apresentando-Se-Lhe no Templo. E assim o fez, tendo apenas três anos de idade, como atestam São Germano e o monge Epifânio.
Ora, justamente nessa idade as crianças têm maior desejo e maior precisão da assistência dos pais. Maria foi a primeira a pedir-lhes, com muita insistência, que A conduzissem ao Templo, em cumprimento da promessa que haviam feito. E sua santa mãe, diz São Gregório de Nissa, deu-se pressa em o fazer.
Texto de Santo Afonso Maria de Ligório, Revista Arautos do Evangelho, nº 165, setembro de 2015, contra-capa.
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