Nunca, como nos tempos presentes, se discutiu tanto acerca da educação; por isso se multiplicam os mestres de novas teorias pedagógicas que propõem e discutem métodos e meios, não só para facilitar, mas também para criar uma nova educação de infalível eficácia que possa preparar as novas gerações para a suspirada felicidade terrena.

É que os homens criados por Deus à sua imagem e semelhança, e destinados para Ele, perfeição infinita, assim como notam a insuficiência dos bens terrestres para a verdadeira felicidade dos indivíduos e dos povos, encontrando-se hoje, mais que nunca, na abundância do progresso material hodierno, assim também sentem em si mais vivo o estímulo infundido pelo Criador na mesma natureza racional, para uma perfeição mais alta, e querem consegui-la principalmente com a educação.

Portanto, é da máxima importância não errar na educação, como não errar na direção para o fim último de todo o universo, Deus, com o qual está conexa, íntima e necessariamente toda a obra da educação. Na verdade, consiste a educação essencialmente na formação do homem como ele deve ser e portar-se, nesta vida terrena, em ordem a alcançar o fim sublime para o qual foi criado. É claro que, assim como não se pode dar verdadeira educação sem que esta seja ordenada para o fim último, não se pode dar educação adequada e perfeita senão a cristã.

Daqui ressalta, com evidência, a importância suprema da educação cristã, não só para cada um dos indivíduos, mas também para as famílias e para toda a sociedade humana, visto que a perfeição desta, resulta necessariamente da perfeição dos elementos que a compõem.

Assim, dos princípios indicados aparece, clara e manifesta, a excelência insuperável da obra da educação cristã, como aquela que tem em vista, em última análise, assegurar o Sumo Bem, Deus, às almas dos educandos, e a máxima felicidade possível, neste mundo, à sociedade humana. E isto no modo mais eficaz que é possível ao homem, isto é, cooperando com Deus para o aperfeiçoamento dos indivíduos e da sociedade, enquanto a educação imprime nos espíritos a primeira, a mais poderosa e duradoura direção na vida, segundo a sentença muito conhecida do Sábio: “O jovem, mesmo ao envelhecer, não se afastará do caminho trilhado na sua juventude”. Por isso, com razão, dizia São João Crisóstomo: “Que há de mais sublime do que governar os espíritos e formar os costumes dos jovens?”.[1]

Graças a uma visão pedagógica que abarca de modo harmônico e coerente as realidades da Fé Católica e os vários ramos do conhecimento científico, o Colégio Arautos do Evangelho – Nova Friburgo se propõe a vencer esse desafio de suma importância: educar de modo cristão seus alunos, a fim de conduzi-los nos caminhos da verdadeira sabedoria e santidade. Foi nesta clave que mais um ano letivo no Colégio chegou ao seu término.

Após a solene Missa de ação de graças por todos os objetivos alcançados no presente ano e presidida pelo Revmo. Pe. Ricardo José Basso, EP, responsável pelos Arautos do Evangelho para a região sudeste, e concelebrada pelos Padres Lourenço Isidoro Ferronatto, EP e Carlos Magno Defanti, EP, na Capela de Nossa Senhora de Fátima, dos Arautos do Evangelho, teve lugar no salão anexo ao templo o rito de formatura dos alunos do 3º ano do ensino médio.

Como incentivo a crescerem cada vez mais na perfeição, foram premiados alguns alunos que se destacaram não apenas por seu desempenho esmerado e perseverante no estudo e um comportamento polido e disciplinado, mas também por uma profunda adesão aos ideais religiosos de dedicação à Igreja, que caracterizam os Arautos do Evangelho.

Em um ambiente de muito contentamento os alunos apresentaram algumas peças musicais de flauta doce, violino e coral a todos os presentes. Um animado convívio e saboroso coquetel de confraternização concluiu o ato.

[1] Cf. Carta Encíclica Divini Illius Magistri de sua santidade papa Pio XI, acerca da educação cristã da juventude.