5ª Reunião para a consagração solene a Nossa Senhora

Matriz Nossa Senhora da Piedade – Cordeiro – RJ

Nesta semana contemplamos a Maria enquanto Mãe de Deus e nossa mãe. Aquela que segundo sua imensa bondade e misericórdia está sempre disposta a nos perdoar e ir ao nosso encontro sempre que precisarmos, pois Maria Santíssima é a nossa fortaleza e refúgio.

Devemos ser imensamente gratos a esta Mãe tão augusta retribuindo-lhe todo o nosso amor. São Bernardo de Claraval, o doutor melífluo, compôs uma belíssima oração que exprime este amor de filho.

ATO DE AMOR A NOSSA SENHORA

(São Bernardo) 

Doce Virgem Maria, minha augusta Soberana! Minha amável Senhora! Minha boníssima e amorosíssima Mãe. Doce Virgem Maria coloquei em Vós toda minha esperança e não serei em nada confundido.

Doce Virgem Maria, creio tão firmemente que, do alto do Céu, Vós velais dia e noite por mim, e por todos os que esperam em Vós; estou tão intimamente convencido de que jamais faltará coisa alguma quando se espera tudo de Vós… Que resolvi viver para o futuro sem nenhuma apreensão, e descarregar inteiramente em Vós todas as minhas inquietações.

Doce Virgem Maria, Vós me estabelecestes na mais inabalável confiança: oh, mil vezes Vos agradeço por um favor tão precioso! Doravante habitarei em paz em Vosso Coração tão puro; não pensarei senão em Vos amar e Vos obedecer, enquanto Vós mesma, boa Mãe, gerireis meus mais caros interesses.

Doce Virgem Maria! Como, entre os filhos dos homens, uns esperam a felicidade de sua riqueza, outros a procuram nos talentos! Outros apoiam-se sobre a inocência de sua vida, ou sobre o rigor de sua penitência, ou sobre o fervor de suas preces, ou no grande número de suas boas obras. Quanto a mim, minha Mãe, esperarei em Vós somente, depois de Deus; e todo fundamento de minha esperança, será sempre minha confiança em vossas maternais bondades…

Doce Virgem Maria, os maus poderão roubar‑me a reputação e o pouco de bem que possuo; as doenças poderão tirar‑me as forças e a faculdade exterior de Vos servir; poderei eu mesmo (a) – “hélas!” – minha terna Mãe, perder vossas boas graças pelo pecado; mas minha amorosa confiança em vossa maternal bondade… jamais! Oh não, jamais a perderei… Conservarei esta inabalável confiança até meu último suspiro! Todos os esforços do inferno não me conseguirão tirá-la; morrerei repetindo mil vezes vosso nome bendito; fazendo repousar em vosso Coração toda minha esperança!

E por que estou tão firmemente seguro de esperar sempre em Vós? Não é senão porque Vós mesma me ensinastes, dulcíssima Virgem, que vós sois toda misericórdia e somente misericórdia!

Estou, pois seguro, ó boníssima e amorosíssima Mãe! Estou certo de que Vos invocarei sempre, porque sempre Vós me consolareis… Que Vos agradecerei sempre, porque sempre me confortareis; que Vos servirei sempre, porque sempre me ajudareis; Que Vos amarei sempre, porque Vós me amareis, que obterei sempre tudo de Vós, porque sempre vosso liberal amor ultrapassará minha esperança.

Sim, é de Vós somente ó doce Virgem Maria, que, apesar de minhas faltas, espero e aguardo o único bem que desejo: a união a Jesus no tempo e na eternidade. É de Vós somente porque sois Vós que meu Divino Salvador escolheu para me dispensar todos os Seus favores, para me conduzir seguramente a Ele. Sim, sois Vós, minha Mãe, que, após me terdes ensinado a compartilhar as humilhações e sofrimentos de Vosso Divino Filho, me introduzireis em Sua glória e em Suas delícias para O louvar e bendizer, junto a Vós e convosco, pelos séculos dos séculos. Assim seja.

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