Domingo de Ramos na sede dos Arautos em Nova Friburgo

“Neste dia a Igreja comemora, ao mesmo tempo, as alegrias da entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém e o início de sua Via Sacra, com a proclamação da Paixão no Evangelho da Missa. Abre-se, assim, a Semana Santa, talvez o período do Ano Litúrgico mais cogente, durante o qual as principais celebrações se sucedem, convidando-nos a considerar com especial fervor os acontecimentos que constituem o cerne de nossa Redenção”[1].

Infelizmente, como foi passageiro o entusiasmo do povo de Jerusalém. São Bernardo comenta esta mudança de atitude: “Como eram diferentes umas vozes e outras! Fora, Fora, crucifica-o e bendito o que vem em nome do Senhor, hosana nas alturas! Como são diferentes  as vozes que agora o aclamam Rei de Israel e dentro de poucos dias dirão: Não temos outro rei além de César! Como são diferentes os ramos verdes e a Cruz, as flores e os espinhos! Àquele a quem antes estendiam as próprias vestes, dali a pouco o despojam das suas e lançam sorte sobre elas”[2].

Os Arautos do Evangelho em Nova Friburgo viveram este Domingo de Ramos em um ambiente de alegria e, ao mesmo tempo, de meditação. Alegria pela entrada gloriosa do Salvador em Jerusalém, e se assim não fosse as pedras gritariam (cf. Lc 19, 40), e de meditação por verem, na narração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, o quanto custou a redenção da humanidade.


[1] CLÁ DIAS, João S. O inédito sobre os Evangelhos. Vol. V. Cidade do Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2012. p. 255 e 256.

[2] SÃO BERNARDO. Sermão no Domingo de Ramos, 2, 4. Apud. CARVAJAL, Francisco Fernández Carvajal. Falar com Deus. Vol. 2. São Paulo: Quadrante, 2004. p. 204.