As Maravilhas do Mundo Antigo – II
“Os Jardins Suspensos da Babilônia”
O homem sente um anelo dentro de si mesmo que o faz desejar sempre o que há de mais esplendoroso. Isto se traduz especialmente no que tange a construções, pois elas se perpetuam pelos séculos, e com elas, o nome de quem as idealizou.
Dentre os inúmeros povos da Antiguidade, os babilônios “são autoridade” em matéria de construções. Daí a celebre expressão de alguém que em face de um edifício magnânimo diz: “Nossa, que monumento de proporções babilônicas”. Bem se vê o legado que este povo deixou na História e para a História. Tanto assim que um de seus esplendores, mereceu a justo título, a glória de ser uma das maravilhas do mundo: os seus Jardins Suspensos.
Eram eles seis montanhas artificiais feitas de tijolos, com terraços superpostos onde foram plantadas árvores frutíferas e flores. Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura poderia variar de 25 a 100 m! Esses terraços eram irrigados pela água trazida do Rio Eufrates por meio de um sistema de roldanas. Descritos em detalhes por autores clássicos, os jardins tinham sacadas de pedra, impermeabilizadas por camadas de materiais como junco, betume e chumbo.
Dos Jardins Suspensos podia-se ver a beleza da cidade que ficava logo abaixo que, segundo Heródoto, “ultrapassava em esplendor qualquer cidade do mundo conhecido”.
A tradição apresenta duas versões para a construção dos jardins. A primeira atribui sua autoria à lendária Semíramis, mãe de Adad-nirari III, que reinou entre 810 e 783 a.C. De acordo com a segunda versão, os jardins foram construídos por Nabucodonosor II, que governou de 604 a 562 a.C., com o objetivo de agradar uma de suas esposas, Amítis, saudosa das montanhas e do verde de sua terra natal, a Média.
Os Jardins da Babilônia provavelmente foram abaixo devido a um terremoto. Se compararmos os egípcios aos povos da mesopotâmia, podemos dizer que um é o extremo do outro. O povo egípcio era muito religioso e se preocupava com a vida futura. Os mesopotâmicos, aqui mais especialmente, os babilônios, eram voltados quase exclusivamente para os prazeres desta terra. Achavam eles que, após a morte, seriam mandados para um mundo de infelicidade completa. Por isso, organizaram a vida terrena cercada de luxo e prazeres.
Os Jardins Suspensos, e a própria cidade de Babilônia, foram um exemplo desse modo de ser, ou seja, todo voltado para os deleites da vida, sem preocupar-se com o verdadeiro Deus.
Imaginemos este povo, regenerado pelas águas do batismo, iluminado pela luz salvífica da Santa Igreja, o que não teria produzido? O que seria desse povo se se deixasse influenciar pela Lei de Deus e fosse submisso à sua vontade?
Veremos na próxima semana, a terceira maravilha do mundo antigo, e o que ela representou para a humanidade de seu tempo.
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