II Encontro do Sodalício Nossa Senhora da Boa Esperança – Nova Friburgo

 

É difícil olhar para o carisma dos Arautos do Evangelho e tentar definir tudo em uma palavra.

Em cada época histórica o Espírito Santo “maneja” o timão dos acontecimentos, suscitando espiritualidades específicas para sanar as dificuldades e dar um brilho ainda maior a sua esposa, a Santa Igreja Católica.

Segundo o Pe. Tillard[1], OP, isso se dá, entre outras razões, porque o Evangelho é para todas as épocas, para todos os povos, para todas as raças, para todas as pessoas até o último homem do fim do mundo, e ele tem formas, ele tem sugestões para todas as vocações, para todos os chamados.

Dessa forma, a História vai sendo tecida em meio às perseguições e triunfos da Mãe Igreja, qual rainha vitoriosa, bela como a lua e formosa como o sol (Ct 6,9)…

Nos dias de hoje o vento do Espírito continua a soprar e, com sua graça, santificar os membros do Corpo Místico de Cristo, inspirando – muitas vezes – novos carismas e utilizando-os como instrumento na sua Missão Salvífica[2].

Com efeito, já o Papa Beato João Paulo II no início do novo milênio pontificou a favor de um destes carismas dizendo: “Saúdo os Arautos do Evangelho (…) sede mensageiros do Evangelho pela intercessão do Coração Imaculado de Maria”[3].

Graças a Maria Santíssima essa missão continua sua caminhada, sempre com resplendores novos, e, em concreto neste fim de semana na cidade de Nova Friburgo algo auxiliou o robustecimento deste trabalho.

No dia 26, sábado, foi realizado o II Encontro do Sodalício Nossa Senhora da Boa Esperança – nome dado por Mons. João Clá ao grupo de terciários da diocese –, sendo iniciado com um palestra ministrada pelo Pe. Lourenço Isidoro Ferronatto, EP, sobre a bondade de Nossa Senhora. Também foram abordados novos planos e metas de ação a serem efetivadas neste fim de ano. Depois, como o pináculo de tudo o que foi feito, foi celebrada a Santa Missa.

Para concluir, teve lugar uma confraternização especial com direito a comemoração dos aniversários do mês em um ambiente de alegria e paz de alma, com uma mescla da simplicidade de em conjunto tomar uma refeição, com o enlevo de vestir na alma e no corpo um hábito que tem a Cruz como signo, o Papa como o Pastor – e todas as autoridades eclesiásticas – e Nossa Senhora como Mãe.

Esse foi o resplendor de mais um vitral da rosácea deste carisma, rico em suas formas, em suas cores belo e formoso, que, olhando de frente… pode ser difícil definir tudo em uma palavra…


[1] Cf. Pe. J.M.R. Tillard, O.P., Le dynamisme des fondations, p. 18.

[2] “§ 2. Hay fieles que, por la profesión de los consejos evangélicos mediante votos u otros vínculos sagrados, reconocidos y sancionados por la Iglesia, se consagran a Dios según la manera peculiar que les es propia y contribuyen a la misión salvífica de la Iglesia; su estado, aunque no afecta a la estructura jerárquica de la Iglesia, pertenece, sin embargo, a la vida y santidad de la misma.” (Promulgado pela Autoridade do Papa Beato João Paulo II, dado em Roma, 25 de janeiro de 1983; Canon 201, § 2. Código de Direito Canônico).

[3] Cf. JOÃO PAULO II, Audiência Pública do dia 28 de fevereiro de 2001.