Consagração a Nossa Senhora em Nova Friburgo

 

A palavra “Escravidão” soa aos ouvidos de maneira rude e estranha, sobretudo, nestes dias em que tanto se fala em liberdade.

A escravidão entre os antigos era imposta. Os pais tinham o direito de vender seus filhos como escravos; os reis podiam vender seus súditos; na guerra, os vencedores subjugavam e escravizavam os vencidos. Assim, em sentido lato, o termo escravidão preconizava um rebaixamento e um aviltamento de seu portador. Mas em determinado momento histórico, dois termos, aparentemente antagônicos uniram-se: escravidão e amor.

Para São Luís Maria Grignion de Monfort, grande apóstolo e missionário do século XVII, difusor da consagração a Jesus pelas mãos de Nossa Senhora, a escravidão de amor a Virgem Maria é o oposto dessa antiga forma. Essa escravidão é um vínculo de dependência a Maria Santíssima que não e imposta pela força, mas sim, aceita por amor a Ela. É uma consequência dos ensinamentos do divino Mestre: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; e que quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (Mc 10, 42-45).

Os Arautos do Evangelho tem procurado difundir esta especial devoção, seguindo o exemplo do Beato João Paulo II que, em sua juventude, se consagrara a Jesus pelas mãos de Maria. O lema de seu pontificado bem expressa essa entrega: totus tuus (todo teu).

Neste Domingo dedicado à Divina Misericórdia, em Nova Friburgo, três jovens acompanhados de seus pais, parentes e amigos, entregaram-se livremente à Rainha dos céus e da terra, recebendo dela em troca, seus dons, virtudes e graças.

Em um mundo que, em nome da liberdade, se difunde a escravidão sob várias formas, esses jovens encontraram a suprema liberdade ao colocarem-se como escravos de amor nas mãos de tão terna mãe.